A 8 de janeiro de 2021, uma cidadã guineese residente em Portugal foi condenada pelo Tribunal de Sintra a uma pena de 3 anos de prisão efetiva pelo crime de mutilação genital da sua filha de 1 ano. Este foi o primeiro julgamento por um crime de mutilação genital feminina em Portugal, apesar desta prática ser considerada crime desde 2015, com pena de prisão de 2 a 10 anos.
Em 2019, foram detetados 129 casos em Portugal, o que representou uma subida de 101% em relação aos 64 casos registados em 2018, e 2021 não ficou muito atrás, com 101 casos detetados. Mas o que parece justificar esta subida, mais do que um aumento da prática, é a capacidade de deteção de casos – tanto novos como antigos – pelos profissionais de saúde, de educação, das forças de segurança e da segurança social, que têm vindo a receber formação específica no âmbito desta temática.
Assim, dia 6 de fevereiro, sábado, às 18.30 h, junta-te a nós para ouvir Sónia Duarte Lopes, psicóloga e coordenadora da Associação para o Planeamento da Família, que trabalha diretamente com meninas e mulheres que foram sujeitas a mutilação genital feminina/corte.
As inscrições abrem no dia 30 de janeiro, pelas 21 horas, através do link Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina — Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho・UpHill Events